Dores no calcanhar são mais comuns do que se imagina. E, frequentemente, quem sofre com esse incômodo recebe um diagnóstico quase automático: “É esporão!”. Mas será que é mesmo?
A verdade é que nem toda dor no calcanhar tem relação direta com o esporão de calcâneo, e muitos pacientes convivem por meses — até anos — tentando tratar algo que sequer é a real causa da dor.
O esporão de calcâneo é uma calcificação visível em exames como o raio-X. Ele aparece até em quem nunca sentiu dor na vida! Isso leva muitos profissionais, diante de um exame que aponta o esporão, a associarem imediatamente o achado à queixa do paciente.
Porém, na prática clínica, o esporão é muitas vezes um achado secundário. A dor costuma estar associada a outras estruturas da região, como:
Ou seja, focar apenas no esporão pode significar tratar o problema errado.
Nem todo calcanhar dolorido é igual. Por isso, o primeiro passo deve ser sempre uma avaliação detalhada, que inclua:
✔️ Exame físico minucioso — analisando pontos de dor, mobilidade, pisada e marcha
✔️ Ultrassonografia feita no próprio consultório — um diferencial que permite avaliar, na hora, se há inflamação, lesões ou sobrecarga em tendões, fáscia ou outras estruturas
✔️ Quando necessário, complementação com exames de imagem mais específicos
Só assim é possível entender a real origem da dor e escolher o caminho certo para o tratamento.
Quando a causa da dor é corretamente identificada, o plano terapêutico se torna muito mais eficaz. O protocolo Caminhar Sem Dor que utilizamos, por exemplo, combina:
Se você sente dor no calcanhar e já ouviu que “é só o esporão”, vale a pena repensar. A dor não é normal e não deve ser ignorada. Buscar um diagnóstico preciso faz toda diferença para um tratamento eficaz — e para que você volte a caminhar sem dor e com qualidade de vida.