Mulheres mais velhas e com pouca massa muscular podem ter um risco de morte 63 vezes maior do que mulheres com mais de 65 anos sem essa condição física, revela estudo da Universidade de São Paulo (USP). Para os homens, a taxa de mortalidade pode ser 11,4 vezes maior.
Os estudos começaram em 2005 e envolveram um grupo de 1.025 idosos. As análises mostraram que a baixa massa muscular indicava um desenvolvimento deficiente. A ausência de músculos pode ser um marcador de que o indivíduo está mais frágil.
A perda generalizada e progressiva de massa muscular associada ao envelhecimento é conhecida como sarcopenia. A redução da força e da massa muscular estão associadas a efeitos adversos a curto e longo prazo. Os indivíduos acometidos podem apresentar dificuldades como: carregar algum objeto ou peso; para caminhar pequenas distâncias, por exemplo, dentro do próprio quarto; levantar-se da cadeira sem apoio e para subir degraus. Muitas vezes, essas alterações vão se manifestando de forma paulatina, sendo despercebidas por paciente e familiares visualizando algumas limitações maiores como típicas da idade. A sarcopenia está relacionada a vários comprometimentos da saúde que se estendem desde quedas e fraturas à comprometimento cognitivo, com alterações da memória e quadros depressivos, incapacidade para as atividades de vida diária. Principalmente quando combinada à osteoporose, a sarcopenia pode aumentar a vulnerabilidade dos idosos, tornando-os mais propensos a quedas, fraturas e outros traumas físicos.
Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, essa condição ocorre em 46% dos indivíduos com mais de 80 anos. É preciso ficar atentos a essa perda de massa muscular, orientar o paciente, reabilitá-lo e preveni-lo, adotando uma dieta rica em proteínas e exercícios físicos de resistência e musculação.